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A Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, e a Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, participam da Cúpula Amazônica no Centro de Convenções Hangar em Belém, Estado do Pará, Brasil, em 9 de agosto de 2023. EVARISTO SA / AFP via Getty Images


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Representantes dos oito países que compartilham a Amazônia assinaram o acordo de Declaração de Belém, um acordo para trabalhar em conjunto para conservar o maior patrimônio do planeta. floresta tropical que inclui uma lista de medidas e políticas ambientais compartilhadas. No entanto, o acordo não chegou a um consenso sobre o fim da desmatamento.

Os países – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela – não conseguiram chegar a um acordo sobre como gerenciar o setores que estão destruindo e minando os recursos da floresta tropical vital, como petróleo, mineração e carne bovina, informou o The Guardian.

“A Amazônia é nosso passaporte para uma nova relação com o mundo, uma relação mais simétrica na qual nossos recursos não serão explorados para o benefício de poucos, mas valorizados e colocados a serviço de todos”, disse o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na reunião, conforme relatou o The New York Times.

A floresta amazônica extrai e sequestra uma enorme quantidade do dióxido de carbono produzido pelo homem que está impulsionando o crise climática. Mas esse oásis de biodiversidade vem desaparecendo em um ritmo alarmante, sendo que cerca de 17% foram dizimados nos últimos 50 anos.

Lula tem tentado fazer com que os outros países da região se juntem ao Brasil em acabar com o desmatamento até 2030, informou a Reuters.

Embora a Declaração de Belém tenha ajudado a promover uma frente unida na luta contra a destruição da floresta tropical, coube a cada nação amazônica definir seus próprios objetivos de desmatamento.

Como ondas de calor, inundação e escassez de água devastam o planeta, a terra e o mar registros de temperatura continuam a ser quebrados, muitos cientistas estão frustrados com o ritmo dos formuladores de políticas em agir sobre mudanças climáticas.

“O planeta está derretendo, estamos batendo recordes de temperatura todos os dias. Não é possível que, em um cenário como esse, oito países amazônicos não consigam colocar em uma declaração – em letras grandes – que o desmatamento precisa ser zero”, disse Marcio Astrini, secretário executivo do grupo de lobby ambiental brasileiro Observatório do Clima, conforme relatou a Reuters.

A versão final da declaração manteve as proteções e os direitos dos povos indígenas, bem como afirmou que os países amazônicos trabalhariam juntos no desenvolvimento sustentável, gestão da água, saúde e posições de negociação compartilhadas nas cúpulas climáticas.

A declaração reconheceu a importância de conhecimento indígena na preservação da biodiversidade e conclamou a participação dos povos indígenas na tomada de decisões e na formulação de políticas públicas, relatou Down To Earth.

“Os povos indígenas estão sob constante ameaça e o direito à terra não só lhes dará maior proteção, como também evitará o desmatamento e protegerá a rica biodiversidade desses territórios”, disse Anders Haug Larsen, diretor de defesa internacional da Rainforest Foundation Norway, conforme noticiou o Down To Earth.

De acordo com a Reuters, os únicos países amazônicos que não assinaram um acordo de 2021 feito entre mais de 100 nações para trabalhar para acabar com o desmatamento até 2030 são a Venezuela e a Bolívia.

O Brasil vem considerando o desenvolvimento de petróleo offshore perto da costa norte, uma área dominada pela floresta tropical.

“Uma selva que extrai petróleo – é possível manter uma linha política nesse nível? Apostar na morte e destruir a vida?”, disse o presidente colombiano Gustavo Petro na reunião, em referência ao reflorestamento de plantações e pastagens desmatadas, conforme relatou o The Guardian.

A Declaração de Belém conseguiu estabelecer um órgão científico que se reunirá todos os anos e apresentará relatórios sobre a ciência relacionada à floresta amazônica, semelhante ao Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas.

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