A primeira-dama do Brasil Rosangela ‘Janja’ Lula da Silva, o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e o cacique do povo Kayapo Raoni Metuktire participam da cerimônia de encerramento do Acampamento Indígena Terra Livre em 28 de abril de 2023 em Brasília, Brasil. Andressa Anholete / Getty Images


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O Floresta Amazônica desempenha um papel fundamental na mitigação de mudanças climáticasmas nos últimos anos tem sido alvo de um aumento acentuado de desmatamento.
Um decreto de demarcação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, estabeleceu seis novas reservas indígenas no país sul-americano onde não havia mineração será permitida e serão impostas restrições à exploração madeireira e comercial agricultura.
As terras incluem uma extensa área de cerca de 1,5 milhão de acres de floresta amazônica.
O decreto foi assinado no último dia do 19º Encontro Terra Livre, que contou com a participação de milhares de povos indígenas na capital do país, Brasília.
“Vamos legalizar a Terras indígenas. É um processo que demora um pouco, porque tem que passar por muitas mãos”, disse Lula, de 77 anos, que também foi presidente de 2003 a 2010, a uma multidão de pessoas no encontro, conforme informou a BBC News. “Não quero que nenhum território indígena fique sem demarcação durante meu governo. Esse é o compromisso que assumi com os senhores.”
Lula prometeu reverter as políticas – incluindo a promoção da mineração em terras indígenas – de seu antecessor Jair Bolsonaro.
O desmatamento médio anual no Brasil aumentou em 75% em comparação com a década anterior durante Bolsonaro(), cujas políticas priorizaram o comércio agrícola e exploração madeireira, informou o Le Monde.
“Se quisermos alcançar zero para zerar o desmatamento até 2030, precisamos de reservas indígenas registradas”, disse Lula, conforme noticiou o Le Monde.
Duas das reservas recém-criadas estão na Amazônia, sendo que a maior delas – Unieuxi – foi oficialmente designada como pertencente aos povos Maku e Tukano, que vivem em mais de 1,36 milhão de acres no norte da Amazônia.
Uma terceira reserva fica no sul do Brasil, outra na região central do país e as duas últimas no nordeste.
“Isso tira um peso dos nossos ombros”, disse Claudia Tomas, moradora da Unieuxi, à AFP-TV, conforme relatado pelo Le Monde. “É a melhor notícia que poderíamos ter recebido, que nossas terras foram legalizadas. Isso nos enche de esperança.”
Lula chamou o decreto de “um passo importante” em um tweet.
Ao mesmo tempo em que saudaram a proclamação, os líderes indígenas apontaram que outras áreas ainda precisam ser protegidas, informou a BBC News. O governo de Lula havia se comprometido originalmente a reconhecer 14 novos territórios indígenas.
“Quando dizem que os senhores ocupam 14% do território e que é muito, é preciso lembrar que, antes da chegada dos portugueses, os senhores ocupavam 100%”, disse Lula, segundo reportagem do Le Monde.
A medida concede o uso exclusivo dos recursos naturais das reservas aos povos indígenas. “Vamos escrever uma nova história, para o bem de toda a humanidade, do nosso planeta”, disse a ministra de Assuntos Indígenas, Sonia Guajajara, conforme noticiou o Le Monde. “Nós, os povos indígenas, representamos apenas 5% da população mundial, mas preservamos mais de 80% dos recursos naturais do mundo. biodiversidade.”
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