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Vista aérea da cidade de Santiago, Chile, com poluição e altas temperaturas em 2 de agosto de 2023. MARTIN BERNETTI / AFP via Getty Images


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É inverno na América do Sul, mas o temperaturas não parecem.

No norte da Argentina e do Chile, a sensação é mais de verão, com cidades no Andes as montanhas se aquecem a mais de 100 graus Fahrenheit, informou o The Conversation.

“A América do Sul está vivendo um dos [most] eventos extremos que o mundo já viu”. tweetou o historiador do tempo Maximiliano Herrera. “Temperaturas inacreditáveis de até 38,9C nas áreas andinas chilenas em pleno inverno! Muito mais do que o sul do Chile. da Europa acabou de ter em meados do verão na mesma altitude: Esse evento está reescrevendo todos os livros climáticos”.

O onda de calor nos Andes chilenos está causando derretimento da neve abaixo de 9.840 pés, o que será sentido na primavera e no verão pelos moradores do vale a jusante, informou o The Guardian.

“O principal problema é como as altas temperaturas exacerbam a as secas (no leste da Argentina e do Uruguai) e acelerar o derretimento da neve”, disse Raul Cordero, climatologista da Universidade de Groningen, na Holanda, conforme relatado pelo The Guardian.

Cientistas climáticos locais disseram que a combinação de El Niño e de origem humana mudanças climáticas podem trazer mais temperaturas quentes e clima extremo.

O período de janeiro a julho deste ano foi um dos mais quentes já registrados na América do Sul.

“A terça-feira foi provavelmente o dia mais quente do inverno no norte da Chile em 72 anos”, disse Cordero à CNN.

De acordo com Marcos Andrade, diretor de física atmosférica da Universidad Mayor de San Andrés, o platô andino do Peru e da Bolívia tem tido um clima “incomum” desde o início de 2023, informou o The Guardian.

Cidades da Argentina, Uruguai e Brasil bateram recordes de calor.

“Com a chegada do fenômeno El Niño, espera-se que nos próximos anos essa região sofra um aumento nas já altas temperaturas, tornando necessária a adoção de medidas de adaptação para evitar mortes e desastres maiores”, disse Karla Beltrán, consultora ambiental, conforme relatado pelo The Guardian.

Beltrán disse que o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas indicou que a parte sul da América do Sul é especialmente suscetível a ondas de calor. Espera-se que períodos de temperaturas anormalmente altas ocorram com mais frequência na Amazônia e em outras partes do norte do continente, de acordo com alguns estudos.

“Sem dúvida, os registros de temperatura máxima no inverno no Chile e, até certo ponto, na América do Sul são atípicos. Os sistemas de alta pressão são anomalias mais intensas e persistentes no hemisfério sul, induzindo a advecção de ar quente e/ou gerando diretamente extremos de temperatura. Essa alta pressão tenderá a permanecer e se intensificar nas próximas décadas com a mudança climática”, disse Chico Geleira, vice-diretor do Centro Polar e Climático do Brasil e professor de climatologia e oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, conforme relatou o The Guardian.

A África, a Austrália e alguns arquipélagos também estão sofrendo calor fora de época o The Washington Post informou. “De modo geral, essa onda de calor é um lembrete surpreendente de como os seres humanos estão mudando o clima da Terra. Continuaremos a ver esses extremos sem precedentes até que paremos de queimar combustíveis fósseis e emitindo gases de efeito estufa na atmosfera”, escreveu Matthew Patterson, assistente de pesquisa de pós-doutorado em física atmosférica na Universidade de Oxford, no The Conversation.

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